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sábado, 8 de setembro de 2012
A conferência de Arnaldo Pereira «O legado pombalino: entre o anátema e a exaltação»
Diálogos em Noites de Verão
A conferência de Arnaldo Pereira
«O legado pombalino: entre o anátema e a exaltação»
[ reportagem ]
06-09-2012, Casa das Queijadas de Oeiras
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Na quinta-feira passada fomos ‘marcar o ponto’, como soi dizer, na Casa das Queijadas de Oeiras. Fomos assistir à anunciada conferência de Arnaldo Pereira sobre Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal e 1.º Conde de Oeiras.
Foi uma conferência de excelência, uma verdadeira lição de História, que nos prendeu do início ao fim, e nos deixou com ‘água na boca’, com pena de ter acabado.
Pudemos comprovar a competência de Arnaldo Pereira, que conta no seu curriculum com uma vasta experiência de professor universitário, que acumula com a autoria de muitos livros e trabalhos de sua lavra.
Saímos com a compreensão da controvérsia que ainda hoje gira em torno da figura do Marquês. Dando muitos exemplos documentais, o Professor explicou os fundamentos e razões dessa controvérsia, muitas vezes visceralmente oposta, entre diversos pensadores, modernos ou mais antigos.
A tertúlia/debate que se seguiu foi também um momento de grande interesse, com muita participação do público, que não só levantou questões pertinentes, mas adiantou muitas opiniões, que geraram debates bastante interessantes.
Só nos resta dizer que o saldo é extremamente positivo.
Eis a reportagem da conferência, que teve lugar em 06-09-2012, com algumas fotografias e um vídeo:
a pouco e pouco o público foi chegando e ocupando
os lugares disponíveis entretendo-se em amena cavaqueira
antes do começo da conferência o melhor é aproveitar
para degustar algum petisco ou doce e bebericar um aperitivo
Arnaldo Pereira no momento em que dava início
à sua brilhante conferência
um aspecto da assistência que encheu por completo
a esplanada da Casa das Queijadas de Oeiras
Arnaldo Pereira fascinou os presentes com as suas
explicações académicas mas compreensíveis e muito bem fundamentadas
a assistência não desviava o olhar do conferencista
e bebia as suas palavras como se brotassem da fonte da sabedoria
Arnaldo Pereira foi exímio em demonstrar as dualidades de critérios
e opiniões sobre a figura de Pombal
um outro aspecto da magnífica conferência
a que tivemos o privilégio de assistir
quase a terminar frente ao distinto Professor
o público permanecia como se hipnotizado
Convidamos agora o nosso leitor a ouvir o conferencista. Assista à conferência e à subsequente tertúlia/debate, na íntegra, neste vídeo que publicámos no YouTube [ 01:57’06’ ]:
Se, e utilizando as palavras do José António Baptista ficámos "água na boca" com a comunicação do Prof. Arnaldo Pereira, que já deteve pelouros em Oeiras por parte da CDU,ficámos com "vinho na boca" devido à visita organizada pela "Espaço e Memória" à Quinta de Cima: a prova do vinho de Carcavelos, (com vinha agora maioritariamente em Oeiras, tem um historial que foi abordado pelo Jorge Mendonça, incluindo um célebre presente de vinho que no tempo do Senhor D.José foi enviado para o Imperador do Celeste Império. Quinta de Cima,que obviamente pressupõe o topónimo Quinta de Baixo onde se encontra o Palácio Marquês de Pombal (Monumento Nacional,embora os exemplares arquitetónicos de interesse estético e histórico se estendam pela Quinta de Cima. Ambas constituindo um autêntico "pulmão" de toda a região com terrenos de boa capacidade agrícola e considerável arborização: um espaço que se estende desde a Rua do Aqueduto ao Arneiro que, a continuar-se o aproveitamento agrícola,poderá servir o lazer comunitário, a actividade cultural e, comedidamente,a actividade comercial (porventura turismo) se devidamente condicionada pelo património histórico que é toda esta zona. Enfim, dar-lhe vida. Até agora todo este espaço tem estado sob a alçada da Estação Agronómica Nacional e também com outros departamentos do Estado. Lembremo-nos que a Baixa Pombalina quase não tem habitantes e que os investimentos bancários têm sido dirigidos para novas construções, cuja utilidade (casas dos insolventes ou autoestradas)é apenas dos bancos ou sociedades financeiras.
Oeiras necessita de soluções diferentes daquela do combóio aéreo que nem sequer dá para um mergulho no largo da rotunda.
Agradeço a referência pessoal. Exprimi apenas o que senti, a vontade de continuar a debater a figura de Sebastião José e do Património que em Oeiras dele herdámos.
Nomeadamente a problemática de qual vai ser o futuro do mesmo, agora que se sussurra ao ouvido o 'ataque' cerrado de promotores de hotelaria, entre outros, como os urbanistas ‘betoneiros'.
Estou deveras espectante com o previsto debate sobre o Palácio do Marquês e o seu futuro.
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(...)
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2 comentários:
Se, e utilizando as palavras do José António Baptista ficámos "água na boca" com a comunicação do Prof. Arnaldo Pereira, que já deteve pelouros em Oeiras por parte da CDU,ficámos com "vinho na boca" devido à visita organizada pela "Espaço e Memória" à Quinta de Cima: a prova do vinho de Carcavelos, (com vinha agora maioritariamente em Oeiras, tem um historial que foi abordado pelo Jorge Mendonça, incluindo um célebre presente de vinho que no tempo do Senhor D.José foi enviado para o Imperador do Celeste Império.
Quinta de Cima,que obviamente pressupõe o topónimo Quinta de Baixo onde se encontra o Palácio Marquês de Pombal (Monumento Nacional,embora os exemplares arquitetónicos de interesse estético e histórico se estendam pela Quinta de Cima.
Ambas constituindo um autêntico "pulmão" de toda a região com terrenos de boa capacidade agrícola e considerável arborização: um espaço que se estende desde a Rua do Aqueduto ao Arneiro que, a continuar-se o aproveitamento agrícola,poderá servir o lazer comunitário, a actividade cultural e, comedidamente,a actividade comercial (porventura turismo) se devidamente condicionada pelo património histórico que é toda esta zona. Enfim, dar-lhe vida.
Até agora todo este espaço tem estado sob a alçada da Estação Agronómica Nacional e também com outros departamentos do Estado.
Lembremo-nos que a Baixa Pombalina quase não tem habitantes e que os investimentos bancários têm sido dirigidos para novas construções, cuja utilidade (casas dos insolventes ou autoestradas)é apenas dos bancos ou sociedades financeiras.
Oeiras necessita de soluções diferentes daquela do combóio aéreo
que nem sequer dá para um mergulho no largo da rotunda.
Olá Jaime,
Agradeço a referência pessoal. Exprimi apenas o que senti, a vontade de continuar a debater a figura de Sebastião José e do Património que em Oeiras dele herdámos.
Nomeadamente a problemática de qual vai ser o futuro do mesmo, agora que se sussurra ao ouvido o 'ataque' cerrado de promotores de hotelaria, entre outros, como os urbanistas ‘betoneiros'.
Estou deveras espectante com o previsto debate sobre o Palácio do Marquês e o seu futuro.
Abraços
J A Baptista
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