Seja BEM-VINDO ao blogue da Espaço e Memória - Associação Cultural de Oeiras.
Aqui encontrará informação regular e atempada sobre as actividades e eventos, realizados e a realizar, da nossa/sua Associação, assim como outros eventos relacionados com Oeiras, a sua história, o seu património, a sua herança cultural, e a sua envolvente. Neste último sentido, referimos também eventos culturais realizados por outras entidades e instituições noutras localidades.
Contamos com a sua presença regular neste espaço. Contamos CONSIGO!
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domingo, 30 de março de 2014

Curso «A Mesa Aristocrática» [ Cascais ]



«A Mesa Aristocrática»
e a sociabilidade nos séculos XVIII - XIX
[ curso ]
Ana Marques Pereira [ orientadora ]
05 e 12 Abril 2014, 15h00 às 17h00
Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães, Cascais

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Bom dia Rui,

Seria possível divulgar este curso, de tema aprazível para duas tardes de sábado, entre os membros da EMACO?
Agradeço desde já e um abraço!








fonte Maria Cristina Gonçalves  - Câmara Municipal de Cascais

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Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães
Av. Rei Humberto II de Itália [ Parque Marechal Carmona ], 2750 Cascais
t. 21 481 53 04
38° 41' 31.24" N 9° 25' 18.27" W

fotografia de abertura - um belíssimo conjunto de talheres [ legenda original: Talheres alemães com cabos em porcelana de Meissen - 1880 ] do sítio internet Cozinha, Literatura & outras Artes a quem agradecemos.
fotografia do Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães do sítio internet CLC, Culturas de Urbanismo e Mobilidade a quem agradecemos.

sábado, 29 de março de 2014

Exposição «Renate Binning» [ Lisboa ]



Renate Binning
[ exposição de pintura ]
29 Março a 11 Abril 2014
Colorida Art Gallery, Lisboa

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Exposição "RENATE BINNIG"
COCKTAIL DE INAUGURAÇÃO: SÁBADO, 29 de Março, pelas 19:00 horas
Patente até 11 de Abril de 2014, de Terça à Sábado

Colorida Art Gallery
Costa do Castelo, 63, Lisboa
Tel 218 853 347


A pintura de Renate Binnig emerge do equilíbrio entre a realidade e a fantasia. A liberdade criativa não é fruto de uma conquista, mas sim uma qualidade natural da artista. A sobreposição do imaginário na realidade é um desafio a nossa capacidade de interpretação. José Roberto Moreira

Transporte público: Eléctrico 12 ou 28, Autocarro 737 - Metro Martim Moniz. Estacionamento Portas do Sol ou Chão do Loureiro

"Renate Binnig's paintings take us into the twilight zone between dream and reality. They open our eyes to sanctuaries where time seems to stand still. A fragile balance between a fabulous magical world and the look into a baneful abyss – this is what Renate Binnig's paintings consist of. She describes her art as the language of her soul, as words which come to life through colours and brush strokes. Renate Binnig's art is expressed through abstract figures. She masters the moment of suspense between calm composition and narrative detail. Her choice of motifs and picture composition seem to be deliberate and yet they are the casual result of an intuitive, emotional process, like an adventurous journey through a partly familiar and wonderful landscape where the artist meets new challenges over and over again. The artist experiences this process as both tantalising and moving but often as hard work too. To her, painting is life in a compressed form. The intensive dialogue with painting techniques and imagery gives all her paintings a message, which is mystic, surreal and mysterious. Renate Binnig's imagery circles around our allusions, fears and anxiety but also our hopes and desires. The theme of interaction between intimacy and distance, as determined by life in many ways, is a recurring theme, repeatedly displayed in a almost painful manner. Themes of mythology are touched; the artist pursues questions of harmony and movement. She engages in landscapes, figurative images and the human face but not in terms of a realistic portrayal but to mirror a state of mind. She alienates, explores stylistic means of surrealism: single motifs seem real but they do not really fit together. Reality mixes with nightmare, illusion with the subconscious.The colours in Renate Binnig's paintings are subdued like velvet, they evoke a particular mood. The artist cleverly plays with the contrasts of hot and cold, bright and dull, light and dark. She makes her colours compete with each other, or she indulges in a state of meditation. She savours the thrill of constrasting stillness and movement. The titles of her paintings are an important part of her works and ought to inspire the observer to think freely about certain themes" Dr. Barbel Schafer.


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Colorida Art Gallery
Costa do Castelo, 63, 1100-335 Lisboa
t. 21 885 33 47 / colorida@colorida.pt
website [ 1 ] / website [ 2 ] / facebook
38° 42' 53.30" N 9° 8' 0.80" W

fotografia de abertura - um interessante trabalho de Renate Binning - do sítio internet Colorida Art [ facebook ] a quem agradecemos.
fotografia da Colorida Art Gallery do sítio internet Colorida Art [ facebook ] a quem agradecemos.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Sessão Comemorativa «40.º Aniversário do 25 de Abril» e «38.º Aniversário da Constituição da República Portuguesa» [Lisboa]



40.º Aniversário do 25 de Abril
38.º Aniversário da Constituição
da República Portuguesa
[ comemoração ]
Catarina Pires, Augusto Flor e Carlos Mota Soares [ participantes ]
29 Março 2014, 15h00
Faculdade de Ciências, Lisboa

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fonte - a nossa associada Clotilde Moreira

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Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Rua Ernesto de Vasconcelos, 1749-016 Lisboa
[ Campo Grande ]
t. 21 750 00 00 / info.fcul@fc.ul.pt
38° 45' 22.45" N 9° 9' 22.95" W

fotografia de abertura - o capitão Salgueiro Maia no dia 25 de Abril de 1974, durante as operações por si comandadas, que derrubaram o regime fascista - do sítio internet Cabo Raso a quem agadecemos.
fotografia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa do sítio internet Wikipédia a quem agradecemos.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Esqueleto de homem com 3200 anos, que tinha cancro, encontrado no Sudão



Esqueleto de homem com 3200 anos, que tinha cancro
encontrado no Sudão
[ arqueologia ]
Amara Oeste, Sudão

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Esqueleto de homem que tinha cancro há 3200 anos encontrado no Sudão

O sítio arqueológico de Amara Oeste MUSEU BRITÂNICO

Esqueleto de homem com cancro MUSEU BRITÂNICO

Pormenor da escavação  MUSEU BRITÂNICO

Ossos têm sinais de metástases por todo o corpo.

O esqueleto de um homem que sofria de cancro há mais de 3200 anos foi descoberto no Sudão, revela um estudo publicado esta segunda-feira na revista PLOS ONE.

Os restos mortais deste homem, com uma idade entre os 25 e os 35 anos, foram encontrados no ano passado numa sepultura perto do rio Nilo, por uma estudante da Universidade de Durham, em Inglaterra. O esqueleto foi descoberto a 750 quilómetros a sul de Cartum, a capital do Sudão, no local arqueológico de Amara Oeste. A região era, na altura, dominada pelos egípcios.

O exame aos ossos revela que o homem, oriundo de um meio abastado, tinha um cancro já com metástases, mas não foi possível determinar se o cancro foi a causa da morte. Este é o esqueleto mais antigo e mais completo que alguma vez foi descoberto de um humano com metástases.

Apesar de o cancro ser uma das principais causas de morte contemporâneas, é raro encontrarem-se vestígios de cancro em esqueletos humanos descobertos em locais arqueológicos. Isto leva a que esta doença esteja “principalmente associada ao modo de vida contemporâneo e ao aumento da esperança média de vida”, explicam os investigadores.

A análise do esqueleto mostra “que a forma das pequenas lesões nos ossos só pode ter sido criada por um cancro nos tecidos moles, apesar de a origem exacta ser impossível de determinar a partir [da informação] dos ossos”, explicou Michaela Binder, a arqueóloga que fez a descoberta.

Este esqueleto “poderá ajudar-nos a compreender a história até agora desconhecida do cancro. Temos muito poucos exemplos anteriores ao primeiro milénio antes de Cristo”, explica a investigadora, acrescentando que “é necessário compreender a história desta doença para compreender melhor a sua evolução”. 

Os exames radiológicos feitos neste estudo permitiram observar lesões nos ossos. O homem apresentava metástases nas clavículas, omoplatas, vértebras, braços, fémures e na bacia.

A origem do cancro é desconhecida, poderá ter sido provocado pela inalação de fumo de madeira queimada, que tem compostos cancerígenos, factores genéticos ou uma doença infecciosa causada por parasitas, especulam os cientistas.

fonte: Público

fonte Novos Insólitos

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fotografia de abertura do sítio internet Ciência Online - Saúde, Tecnologia, Ciência a quem agradecemos.

Complexo funerário antigo descoberto na China central [ China ]



Complexo funerário antigo
descoberto na China central
[ arqueologia ]
Jiaozuo, China

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Ancient burial complex found in central China

Chinese archaeologists have discovered a well-preserved large burial complex dating back to the Shang and Zhou Dynasties (1600B.C.-256 B.C.) at Dashahe Wetland in Jiaozuo City, Central China’s Henan province.

Archaeologists work at an ancient burial complex at Dashahe Wetland in Jiaozuo City,  Central China’s Henan province, March 17, 2014 [Credit: Xinhua/ Zhu Xiang]
An archaeologist cleans up a skeleton that was found at the ancient burial complex at Dashahe Wetland in Jiaozuo City, Central China’s Henan province, March 17, 2014 [Credit: Xinhua/ Zhu Xiang]

A bronze ware is found at the ancient burial complex at Dashahe Wetland in Jiaozuo City, Central China’s Henan province on March 17, 2014 [Credit: Xinhua/ Zhu Xiang]

Money cowries, shell ornaments, bronze relics, jade objects, potteries and other cultural relics have been unearthed. This cultural site provides more scientific basis to archaeological research. Source: People's Daily Online [March 19, 2014]

Source: People's Daily Online [March 19, 2014]

fonte The Archaeology News Network via CARAA - Centre d'Analyses et de Recherche en Art et Archéologie [ Google+ ]

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quarta-feira, 26 de março de 2014

A melhor vista que Lisboa pode ter está ao abandono [ Lisboa ]



A melhor vista que Lisboa pode ter
está ao abandono
[ património ]
Monsanto, Lisboa

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A melhor vista que Lisboa pode ter está ao abandono

Que vergonha!!! Só mesmo neste país...

Apre! Onde é que estamos?
Não ficará pedra sobre pedra: é o desastre total!

COMO FOI POSSÍVEL DEIXAR CHEGAR A ESTE ESTADO?!!!!!

Não sei de quem será a culpa, mas que faz doer, ah! isso faz ....

http://www.ruigaiola.com/reportagem-restaurante-panoramico-de-monsanto/2013/12/23/reportagem-restaurante-panormico-de-monsanto>

Um bom exemplo como os irresponsáveis deste País tratam o património de todos nós!
Degradação, relegado ao abandono e com futuro incerto. O edifício de sete mil metros quadrados, projectado pelo arquitecto Chaves da Costa, integra várias obras de arte - painéis e altos-relevos - de Querubim Lapa e azulejos de Manuela Madureira, também danificados pelo tempo e pela mão humana. Rui Gaiola visitou o local e partilha connosco o resultado da sua expedição fotográfica.

fonte Luis Milhano [ facebook ]

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uma vista aérea do Restaurante Panorâmico de Monsanto
com o seu magnífico enquadramento arbóreo

assista à reportagem [ vídeo ] «Restaurante Panorâmico de Monsanto a degradar-se há mais de 10 anos» integrada na rubrica “Património ao abandono em Lisboa” da SIC > AQUI

fotografia de abertura - o Restaurante Panorâmico de Monsanto - do sítio internet Lugares Esquecidos a quem agradecemos.
fotografia aérea do Restaurante Panorâmico de Monsanto do Bing Maps

A Casa da Pesca do Marquês de Pombal - uma ruína a pedir intervenção urgente [ Oeiras ]



A Casa da Pesca do Marquês de Pombal
uma ruína a pedir intervenção urgente
[ arquitectura ]
Quinta de Cima do Marquês de Pombal, Oeiras

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A Casa da Pesca

A Casa da Pesca do Marquês de Pombal / Conde de Oeiras, é um raro exemplar de arquitectura barroca e, infelizmente um vulgar exemplo de laxismo!


Integrada na Quinta do Marquês de Pombal e hoje sob a tutela da Estação Agronómica Nacional / Ministério da Agricultura, tem vindo a degradar-se ao longo de penosas décadas sem que nada seja feito para a preservar... a desculpa de sempre!! Falta de verbas!!


A Casa da Pesca foi classificada Monumento Nacional em 1940, e desde que foi entregue à EAN / MA, que tem sido completamente descurada, é inadmissível que um organismo do Estado trate o património de uma forma tão vil!!!


Antes de abordar a sua história, gostaria de sugerir uma forma fácil de rentabilizar este espaço, tornando-o auto-sustentável e até rentável, até um chimpanzé consegue ver essa tão óbvia hipótese... uma CASA DE PESCA!!


Quantos de nós não gostaríamos de passar algumas horas com amigos e familiares a descontrair à beira lago, numa agradável pescaria envolvidos num ambiente monumental e cheio de história?


Alugando no local uma cana de pesca, e pagando ao kilo tudo o que conseguíssemos pescar, podendo até confeccionar no local num grelhador, ou para os mais exóticos com um "chef" de sushi. Também se poderia aqui ministrar aulas de pesca, com um professor trajado à marquês que nos ensinaria o melhor desta arte, além de poder vender as minhocas que povoam estes férteis terrenos...


Muitos outros projectos aqui se poderiam executar, contribuindo financeiramente para a recuperação e sustentação deste magnífico espaço. Desta forma, angariar-se-iam as verbas necessárias para a reabilitação, criar-se-iam postos de trabalho, e dar-se-ia a Oeiras mais um aprazível local de saudável convívio, em vez de eternamente esperar pelas verbas há muito esgotadas pelo IGESPAR.


A história deste monumento reporta-se ao ano de 1765, e terá sido a última estrutura a ser construída neste núcleo arquitectónico. Terá sido eventualmente gizada por Carlos Mardel, uma vez que foi este o autor do projecto do palácio e dos jardins, embora a sua edificação seja posterior à morte do mestre que reconstruiu a cidade capital.


Foi situada na chamada "Quinta Grande", a antiga "Quinta do Taveira", uma parte da propriedade dedicada à exploração agrária, e a sua função era puramente lúdica. Foi idealizada para as pescarias de fim-de-semana que tanto entusiasmavam Sebastião José de Carvalho e Mello.


O Marquês anunciava a sua vinda via pombo correio, despoletando uma autêntica "caça ao peixe" na Ribeira da Lage levada a cabo pelos seus atarefados empregados, incumbidos de providenciar o tanque com o maior número peixes que conseguissem apanhar. A faina era feita numas embarcações conhecidas por "casca de côco", levando o destino destes pobres peixes a que fossem pescados duas vezes.


Este conjunto é formado por um jardim adornado com um frondoso arvoredo, ladeado por três portões que lhe servem de nobre acesso, ao centro vive um lago com o formato de quatro cadernas tendo ao centro uma estrela de oito bicos, representando o brasão dos Carvalho e reivindicando a posse da propriedade para a casa de Pombal.


Dando-nos acesso ao patamar superior, somos convidados a subir por umas escadas simétricas, onde ao centro resta uma fonte seca como uma testemunha muda dos seus tempos áureos.


No patamar superior somos brindados com um dos mais românticos cenários que nos transporta ao século XVIII em todo o seu esplendor... o ambiente e toda a envolvência deste encantado recanto, além de uma lição de história, dá-nos uma lição harmonia arquitectónica, em que facilmente nos transportamos para um mundo de fausto barroco, recuando duzentos e cinquenta anos.


Aqui encontramos um lago de generosas e harmoniosas proporções, alimentado por uma fonte pisciforme e envolvido por um grandioso mural revestido por riquíssimos painéis de azulejos, onde estão representadas cenas de mitologia e cenas de pesca. Ao centro, uma escadaria leva-nos à Fonte do Ouro, outrora servida pela Cascata do Taveira ou dos Gigantes.


Nesse patamar, duas portas em cada lado da cascata, conduzem-nos ao terraço onde se pode admirar este cenário num ponto de vista privilegiado, dando-nos uma clara noção da grandeza deste espaço.


É neste nível que se encontra a Casa da Pesca, totalmente degradada e descurada, o seu interior, ao qual não tive acesso, é decorado por elaborados estuques e frescos em avançado estado de ruína. Vítima de infiltrações e apodrecimento do telhado que ameaça derrocar.


Esta casa era utilizada pelo Marquês de Pombal para guardar o seu equipamento de pesca e para se apetrechar para essa empolgante actividade. Foi utilizado nos anos setenta do século passado, como creche começando aí a sua acelerada deterioração. Consta que as crianças se divertiam a apedrejar os painéis de azulejos causando mazelas irreparáveis...


Recentemente, um corajoso e dedicado cidadão, a quem presto aqui homenagem, tem-se devotado às suas próprias custas à preservação de todo este espólio. Quis um dia que o destino o tivesse guiado nesta direcção, deparando-se horrorizado com o estado de abandono deste magnífico local. Deitando mãos-à-obra, diariamente se empenha com todos os seus esforços para melhorar a Casa da Pesca, da qual se tornou guardião... ao valoroso Paulo Augusto, aqui tiro o meu chapéu...

Publicada por Gastão de Brito e Silva em 3/01/2014 02:51:00 AM

http://ruinarte.blogspot.pt/2014/03/a-casa-da-pesca-do-marques-de-pombal.html

fonte Luís Gaspar Pinto [ facebook ]

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veja o nosso álbum de fotografias Quinta de Cima do Marquês de Pombal [ facebook ] onde encontra muitas mais fotografias da Casa da Pesca e do conjunto monumental no qual ela se enquadra [ Cascata do Taveira, Tanque para pesca, painéis de azulejo e estruturas envolventes ]

fotografia de abertura - um pormenor da Casa da Pesca [ fotografia datada 09-09-2006 ] © josé antónio • comunicação visual reprodução proibida.

Conferência «O neoliberalismo não é um slogan - história de uma ideia poderosa» [ Lisboa ]



O neoliberalismo não é um slogan
história de uma ideia poderosa
[ conferência ]
João Rodrigues [ conferencista ]
28 Março 2014, 18h30
Culturgest, Lisboa

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SEX 28 CONFERÊNCIA

O neoliberalismo não é um slogan – histórias de uma ideia poderosa por João Rodrigues
18h30 · Pequeno Auditório · Entrada gratuita (2)



Notas

1. Jovens até aos 30 anos e desempregados: 5€. Preço único sem descontos.

2. Levantamento de senha de acesso 30 minutos antes de cada sessão, no limite dos lugares disponíveis. Máximo por pessoa: 2 senhas.

3. Inscrições (limite 40 pessoas) na bilheteira da Culturgest, pelo tel. 21 790 51 55 ou pelo e-mail culturgest.bilheteira@cgd.pt

4. Descontos únicos: Maiores de 65 anos: 30% Jovens até aos 25 anos: 50%

fonte Culturgest

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Fundação Caixa Geral de Depósitos - Culturgest
[ Edifício Sede da Caixa Geral de Depósitos ]
Rua Arco do Cego, Piso 1, 1000-300 Lisboa
t. 21 790 51 55 / 21 790 54 54 / f. 21 848 39 09
metro - Campo Pequeno / autocarros - 7, 21, 22, 35, 36, 40, 44, 45, 49,
54, 56, 83, 90, 91, 727, 732, 738 e 767
38º 44’ 27.14” N 9º 8’ 34.23” W

imagem de abertura - um cartoon alusivo ao neoliberalismo - do sítio internet Filosofia e Tecnologia a quem agradecemos.
fotografia da Culturgest - Fundação Caixa Geral de Depósitos - Culturgest [ Lisboa ] do sítio internet Artistlevel.org Online Art Community a quem agradecemos.

terça-feira, 25 de março de 2014

Concerto «Martial Solal» [ Lisboa ]



Martial Solal
[ concerto ]
Martial Solal [ pianista ]
28 Março 2014, 21h30
Culturgest, Lisboa

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SEX 28 JAZZ

Martial Solal
21h30 · Grande Auditório · 15€ (1)



Notas

1. Jovens até aos 30 anos e desempregados: 5€. Preço único sem descontos.

2. Levantamento de senha de acesso 30 minutos antes de cada sessão, no limite dos lugares disponíveis. Máximo por pessoa: 2 senhas.

3. Inscrições (limite 40 pessoas) na bilheteira da Culturgest, pelo tel. 21 790 51 55 ou pelo e-mail culturgest.bilheteira@cgd.pt

4. Descontos únicos: Maiores de 65 anos: 30% Jovens até aos 25 anos: 50%

fonte Culturgest

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JAZZ
Martial Solal


Piano Martial Solal

O adeus de Martial Solal

No ano em que faz 87 de idade, Martial Solal decidiu retirar-se dos palcos. O concerto de hoje será um dos seus últimos. Os motivos são óbvios, sendo certo que aquele que é um dos derradeiros grandes pianistas históricos, e de maior longevidade, ainda ativos no jazz vem falando, em várias entrevistas, sobre a degradação do desempenho musical que a idade, inevitavelmente, traz consigo. A questão preocupa-o e não se coíbe mesmo de criticar em outros músicos idosos a insistência na continuação das carreiras, apesar da clara diminuição das suas capacidades.
Foi o que notou em Earl Hines no final da vida deste («já não sabia tocar, e eu chorei»). E em Ahmad Jamal, não compreendendo o músico francês nascido na Argélia que o maior sucesso de Jamal, nos últimos anos, tenha acontecido precisamente depois de ter perdido uma boa parte do seu talento. «Pois, perder a técnica é muito mau. Quando se perde a técnica continua-se a tocar o que está na cabeça, mas desaparecem duas notas em cada três», refere.
De qualquer modo, Solal considera que não ter técnica não é um mal por si mesmo. E dá o exemplo de Thelonious Monk: «Ele tinha o som que tinha porque lhe faltava técnica. Não foi isso que me influenciou, mas a sua personalidade, a sua passion d'être.» É verdade, também, que Monk morreu demasiado cedo, sem dar sinais de decadência. A sua esquizofrenia foi piorando, é certo, mas serviu, curiosamente, para melhorar as características da música que lhe ia na alma.
«O problema dos velhos é tornarem-se preguiçosos. Não praticam o suficiente e usam a idade como desculpa», costuma Solal dizer. No seu caso, felizmente, os dotes pianísticos mantiveram-se incólumes durante mais tempo do que seria previsível, mas se entende que é altura de dar por finda a sua vida musical é porque já lhe é difícil fazer com um teclado aquilo que dele nos habituámos a ouvir. Ele próprio pratica menos em casa, não ultrapassando os 45 minutos diários, o que, sabendo-se da sua proverbial disciplina – dedicava, regra geral, quatro horas por dia ao piano, em determinadas alturas indo até às seis –, é bastante revelador.
No passado, para que as suas mãos tivessem um treino mecânico, chegava a fazer escalas e oitavas repetidamente enquanto lia um romance. «E porque não? Os meus dedos não estavam a pensar!», comenta. Hoje, já não pratica para ir mais longe no seu virtuosismo técnico (e na sua imaginação criativa, que considera resultar do primeiro fator), mas para «não perder» o que já tem. Pouco exercita a improvisação, apenas o necessário para que a mão direita se liberte da esquerda, e não revê os temas que apresenta em concerto, sejam standards ou partituras suas, com o propósito de manter tudo «espontâneo» nas alturas em que está diante de um público.
«No dia em que não conseguir mover os dedos normalmente, páro», prometeu depois de fazer 80 anos. Chegou, pois, a altura de cumprir o planeado, antes mesmo que tal se torne evidente. E antes que ele próprio contradiga uma das suas máximas, a de que «um verdadeiro improvisador deve renovar-se continuamente». Aliás, comentara ele que, quando não se está em forma, primeiro repara o músico, depois a mulher do músico, mais tarde os mais acérrimos seguidores e finalmente todos os demais. Pior ainda quando os ouvidos já não funcionam como antigamente, e Martial Solal tem dificuldade em perceber dois sons em conjunto – «é por isso que termino os concertos com apenas uma nota e não com acordes».
Solal é a personificação de toda a história do jazz na Europa, e tanto a história do jazz dito «europeu», que afirma não existir, como o da passagem de músicos americanos por Paris, a cidade pela qual trocou a sua Argel natal. Fez-se notado ao tocar, ainda jovem, com Django Reinhardt na derradeira aparição pública deste, mas considera que o seu desempenho foi «medíocre». Com Kenny Clarke, figura de topo da revolução bebop, trabalhou vezes sem conta durante o período em que o baterista viveu em França.
Teve oportunidade de partilhar o palco com Dizzy Gillespie em algumas jam sessions. Num clube de jazz, conheceu pessoalmente um dos seus ídolos, o pianista Bud Powell, mas recorda que a única frase completa que este lhe dirigiu foi «ofereces-me uma cerveja?».
Duke Ellington endereçou-lhe os mais rasgados elogios e considerou-o um soul brother. Miles Davis dedicou-lhe uma composição, Solal, mas cedeu à «ciumeira de outros pianistas» (palavras do homenageado) e mudou o título para Solar. Tocou com Sidney Bechet, Stéphane Grapelli, Lee Konitz, Johnny Griffins, Chet Baker, Don Byas e Carmen McRae. Mais recentemente, destacaram-se na sua companhia Daniel Humair, Michel Portal, Paul Motian, Gary Peacock e Peter Erskine.
Num meio em que se registaram muitas mortes prematuras devido ao abuso de psicotrópicos, é um sobrevivente. «Nunca me interessei pelas drogas. Toda a gente consumia à minha volta, mas o máximo que fiz foi fumar haxixe duas ou três vezes, e apenas porque não quis ser o desmancha-prazeres no convívio com os amigos», recorda. O seu entendimento do jazz era, e sempre foi, outro.
O início da sua atividade profissional deu-se com a introdução do bebop em França, mas se Martial Solal emparceirou com muitos músicos desse subgénero do jazz e ainda por estes dias interpreta (melhor dizendo: reconstrói, pois pensa que «a tarefa do arranjador é composicional») peças dos seus maiores compositores, começando pelo songbook de Monk, quis ir simultaneamente mais atrás e mais adiante. Daí que lhe tivesse interessado a parceria com Bechet, um dos mais distintos praticantes do seminal estilo de New Orleans: «Havia uma guerra entre modernistas e tradicionalistas, mas eu achava que o jazz podia ser uma grande família.»
A sua abordagem do jazz seguiu outra via que não as da "modernidade" e da "tradição": afirmou-se como um dos primeiros, e mais convincentes, pós-modernistas do idioma. Foi beber inspiração a Art Tatum, Errol Garner, Earl Hines e até aos pianistas de stride, e designadamente Teddy Wilson e Willie "The Lion" Smith, bem como a alguma música erudita do Séc. XX, em especial Stravinsky, os impressionistas e até Schoenberg, para desenvolver uma visão pessoal que difere, por vezes radicalmente, da evolução do próprio jazz. Ainda que, em termos de atitude e inovação, pareça por vezes estar próximo das áreas mais vanguardistas, seja a solo, como na presente circunstância, em duo, com um combo (por exemplo, o seu então mal aceite trio com dois contrabaixos), uma big band ou toda uma orquestra, ele que já escreveu para grandes formações sinfónicas.
«Não podemos simplesmente ouvir e copiar. Eu tive os meus mestres, e quis conhecê-los a todos para, depois, os esquecer, a fim de poder ser eu mesmo. Procurei tocar jazz a partir do original, o jazz norte-americano, mas com conceção minha. Não gosto quando a arte se esquece do que aconteceu antes. Não fui contra o free jazz quando este surgiu, e compreendi até que era necessário, mas achei melhor utilizar o que já existia. O passado é necessário para o futuro», sustenta.
Este posicionamento explica o que o nosso ilustre visitante faz com os standards, transfigurando-os até ao irreconhecimento, sem que antes ou depois reproduza com clareza alguma passagem, porque faz questão que a assistência identifique a peça em causa. Em algumas ocasiões, chega a incorporar vários temas do cancioneiro jazz na mesma incursão musical, num assumido jogo de gato e rato que faz lembrar os desenhos animados de Tex Avery, que tanto admira, ou os filmes de Buster Keaton, com quem a sua personalidade é comparada.
Esta alusão às lógicas cinematográficas de montagem e narrativa não surge aqui por acaso. O nome de Martial Solal está indelevelmente associado à sétima arte. É de sua autoria a banda sonora de À Bout de Souffle, do realizador Jean-Luc Godard, bem como a música de longas-metragens de Orson Welles e Jean Cocteau. Tantos anos após a década de 1960, ainda lhe perguntam sobre a película que inaugurou a Nouvelle Vague, e o que responde nunca se alterou: «Não fosse o facto de esse filme ter mudado o rumo do cinema e a minha música não teria tido qualquer repercussão. Era tão-somente uma paródia ao jazz de Hollywood, isso quando o cinema ainda gostava de jazz, porque depois deixei de ter encomendas.»
Sem nunca ter pretendido forjar um estilo imagético, o certo é que «o único pianista do mundo que não foi influenciado por Bill Evans», segundo a crítica, parece mimetizar a arte das imagens em movimento, em particular aquela em que o movimento, precisamente, surge mais acelerado. Num concerto em trio, há um par de anos, com os jovens irmãos François e Louis Moutin, Solal disse ao microfone para um público visivelmente surpreendido que ambos haveriam de se cansar antes dele.
A música de Solal é um permanente jorro de ideias, com súbitas transposições, imprevisíveis mudanças de direção, misturas de diferentes tempos, contrastes abismais de motivos e uma fragmentação discursiva que nos remetem inevitavelmente para os irrequietos Bugs Bunny e Daffy Duck. Sim, Martial Solal já percorria este caminho muito antes de John Zorn o fazer, juntando várias gramáticas do jazz e da música contemporânea numa fórmula que cria o novo com o velho, respeitando este integralmente, mas nunca se sujeitando a convenções ou estereótipos.
É justo que esta despedida se faça com um solo absoluto. O genial e único Martial Solal conversará a sós com os seus ouvintes portugueses, apenas com a mediação de um piano, essa orquestra virtual que lhe deve não poucos avanços. Neste recital tudo o que ele foi em nada menos do que seis décadas de música estará presente, algo que é incomum, fabuloso, enorme. Vai-se embora só com uma fantasia por cumprir: «Fazer chorar a sala inteira, e depois fazê-la rir-se também até às lágrimas, como os cómicos Chaplin e Bourvil, porque só os muito grandes conseguem transmitir toda a gama de sentimentos.»
Mas bem que esse desejo pode tornar-se realidade, pois ver este homem sair de cena, quando soar a tal última nota solitária, será com certeza motivo para emoção. Além de que o seu humor cáustico, mas desarmante, não deixará de vir ao de cima nesse momento crítico para nos encher ainda mais os olhos de água…

Rui Eduardo Paes
(crítico de música, ensaísta, editor da revista "online" jazz.pt)


Em 1999 Martial Solal recebeu o Prémio Jazzpar, considerado o "Nobel do Jazz". Porque ele é, sem contestação, um dos maiores pianistas e compositores de jazz vivos. Porque ele é, sem contestação, uma das grandes figuras do jazz do século XX e do presente, um dos pais do "piano jazz".
Sobre ele escreveu The Guardian: "desde os seus inícios, a obra de um dos músicos de jazz franceses mais célebres de todos os tempos, raramente se afastou do mais febril virtuosismo na improvisação e da mais alta distinção na composição. Solal nunca se tornou prisioneiro da ortodoxia formal do jazz e o seu fraseado nunca cessa de nos surpreender (…) Um espírito verdadeiramente livre que, depois de um caminho de mais de meio século, continua a explorar, ainda e sempre."
Martial Solal tem hoje 86 anos. E resolveu retirar-se dos palcos. A temporada de 2013/2014 será a sua última temporada.
A Culturgest não podia deixar de fazer parte dessa digressão. E em solo, a mais arriscada forma de apresentação, mas onde Solal brilha como muito poucos. Um concerto histórico.


SEX 28 DE MARÇO
Grande Auditório
21h30 · Duração: 1h30
15€ · Até aos 30 anos: 5€
M3
Umbria Jazz Winter (2008)
Arenes du Jazz (2010)
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fonte Culturgest

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fotografia de abertura - o pianista francês de jazz Martial Solal [ Algiers, 23-08-1927 ] [ fotografia de Jos L. Knaepen ] - do sítio internet Jazz Music - Jazz Artists a quem agradecemos.
fotografia da Culturgest - Fundação Caixa Geral de Depósitos - Culturgest [ Lisboa ] do sítio internet Artistlevel.org Online Art Community a quem agradecemos.