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domingo, 22 de julho de 2012

Sobre os pescadores de Paço de Arcos

Dois trabalhos muitíssimo interessantes, o do Jorge Miranda e o do José António Baptista.
O do último porque possibilita assistir à palestra a quem não esteve lá (talvez se pudesse melhorar o som se o microfone fosse de colar e acompanhasse a fonte do som, o que evidentemente está para além da reportagem).
O primeiro porque apresentou a História sem heróis, a História local enquadrada na geral, e sem fantasias.
Adorei a referência ao número de tabernas na época, não por qualquer paixão pouco confessável, mas porque são a evidência de lugares de reunião onde naturalmente se discutiam problemas a nível individual e colectivo. Sobretudo a nível colectivo.
Quanto a pescadores. Na primeira década do s. XIX eles afirmam uma linha de actividade complementar, que porventura poderá ser chamada de agentes de ligação, para além da pesca. Lembremo-nos, no final do s.XIV quando do cerco de Lisboa pelos Castelhanos e aproveitando os esteiros do Tejo para se acoitarem, eram eles que estabeleciam contactos durante a noite com a margem sul para suprimento de víveres.
Eles foram a escola prática dos nossos primeiros navegadores. Nas praias de pesca, não em Sagres. Só um doido se lembraria de deitar um barco ao mar em Sagres.
E, já depois das Invasões Francesas, José Liberato Freire de Carvalho (apelidado pelos opositores de jacobino...) descia das Necessidades até ao Tejo, apanhava o barco e ia placidamente até ao Terreiro do Paço.
A propósito, que é feito da nossa frota de pesca?

1 comentário:

Unknown disse...

Caro amigo Jaime Ramalhete,

Em primeiro lugar devo referir que fico muito agradado que tenhas começado a contribuir para este nosso blogue.
É uma mais-valia muito importante e útil, a participação doutros colaboradores, que lhe dêem mais vivacidade e colorido.

Agradeço, é claro, a referência à minha pequena contribuição na divulgação da brilhante conferência do Dr. Jorge Miranda.
Tenho pena de não dispor de melhores meios, para fazer um trabalho mais ‘profissional’.
Faço o possível com o que tenho, o que me dá imenso prazer e gozo.

Quanto à prosa, li-a com enorme agrado e entusiasmo.
Aprendi coisas que desconhecia com a leitura do texto. Matéria indubitavelmente importante e a merecer um olhar atento.

Ainda temos muita poeira acumulada, nos livros e nos espíritos, para espanar da nossa História, eu diria da nossa travestida História, e muitas máscaras postiças, tontas, que lhe colocaram, para descolar e remover.

Abraço.
José António