mais tarde do que se pensava
[ paleontologia ]
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Símios e hominídeos «separaram-se» mais tarde
do que se pensava
Nova peça do «puzzle» da evolução humana encontrada na Arábia Saudita
Fragmentos do crânio do ‘Saadanius hijazensis’
(foto: Museu de Paleontologia / Univ. de Michigan)
A descoberta, na Arábia Saudita, dos restos fossilizados de um primata desconhecido pode ser a chave para se descobrir o momento em que os símios e hominídeos seguiram caminhos diferentes.
Cientistas de várias universidades americanas revelam esta semana, na revista Nature, a descoberta do crânio de uma espécie de símio, que foi baptizado de "Saadanius hijazansis" e que viveu há entre 29 e 24 milhões de anos na Arábia Saudita, local onde os seus restos mortais foram encontrados.
No estudo, liderado por Lyad S. Zalmout, da Universidade de Michigan, os investigadores assinalam que este primata, que pesava entre 15 e 20 quilos, tem características que retardam o momento de divergência entre o ramo dos grandes primatas (gorilas, chimpanzés, humanos e orangotangos) e o dos símios cercopitecoídeos (macacos, babuínos, etc.), que têm origem num antepassado comum.
As estimativas que tinham sido realizadas com o genoma indicavam que a separação tinha ocorrido entre 35 e 30 milhões de anos, mas nunca tinham sido encontrados fósseis que suportassem estas conclusões sobre a divergência genética entre os dois ramos.
Fóssil foi encontrado em 2009
(foto: Museu de Paleontologia / Univ. de Michigan)
Esta “vazio” foi agora preenchido com esta descoberta. Segundo os investigadores, o fóssil apresenta algumas características do antepassado comum entre os símios e os hominídeos, o que implica que esta divergência tenha ocorrido mais tarde do que se pensava até agora.
Os autores do estudo acreditam que os resultados obtidos são uma peça fundamental para a compreensão da natureza e da sincronização dos acontecimentos filogenéticos relevantes para as origens humanas.
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