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quinta-feira, 27 de março de 2014

Esqueleto de homem com 3200 anos, que tinha cancro, encontrado no Sudão



Esqueleto de homem com 3200 anos, que tinha cancro
encontrado no Sudão
[ arqueologia ]
Amara Oeste, Sudão

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Esqueleto de homem que tinha cancro há 3200 anos encontrado no Sudão

O sítio arqueológico de Amara Oeste MUSEU BRITÂNICO

Esqueleto de homem com cancro MUSEU BRITÂNICO

Pormenor da escavação  MUSEU BRITÂNICO

Ossos têm sinais de metástases por todo o corpo.

O esqueleto de um homem que sofria de cancro há mais de 3200 anos foi descoberto no Sudão, revela um estudo publicado esta segunda-feira na revista PLOS ONE.

Os restos mortais deste homem, com uma idade entre os 25 e os 35 anos, foram encontrados no ano passado numa sepultura perto do rio Nilo, por uma estudante da Universidade de Durham, em Inglaterra. O esqueleto foi descoberto a 750 quilómetros a sul de Cartum, a capital do Sudão, no local arqueológico de Amara Oeste. A região era, na altura, dominada pelos egípcios.

O exame aos ossos revela que o homem, oriundo de um meio abastado, tinha um cancro já com metástases, mas não foi possível determinar se o cancro foi a causa da morte. Este é o esqueleto mais antigo e mais completo que alguma vez foi descoberto de um humano com metástases.

Apesar de o cancro ser uma das principais causas de morte contemporâneas, é raro encontrarem-se vestígios de cancro em esqueletos humanos descobertos em locais arqueológicos. Isto leva a que esta doença esteja “principalmente associada ao modo de vida contemporâneo e ao aumento da esperança média de vida”, explicam os investigadores.

A análise do esqueleto mostra “que a forma das pequenas lesões nos ossos só pode ter sido criada por um cancro nos tecidos moles, apesar de a origem exacta ser impossível de determinar a partir [da informação] dos ossos”, explicou Michaela Binder, a arqueóloga que fez a descoberta.

Este esqueleto “poderá ajudar-nos a compreender a história até agora desconhecida do cancro. Temos muito poucos exemplos anteriores ao primeiro milénio antes de Cristo”, explica a investigadora, acrescentando que “é necessário compreender a história desta doença para compreender melhor a sua evolução”. 

Os exames radiológicos feitos neste estudo permitiram observar lesões nos ossos. O homem apresentava metástases nas clavículas, omoplatas, vértebras, braços, fémures e na bacia.

A origem do cancro é desconhecida, poderá ter sido provocado pela inalação de fumo de madeira queimada, que tem compostos cancerígenos, factores genéticos ou uma doença infecciosa causada por parasitas, especulam os cientistas.

fonte: Público

fonte Novos Insólitos

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