O fundeador, como é designado no meio arqueológico, é um espaço à beira da costa, onde os navios ancoravam temporariamente para descargas, trânsito de passageiros e para concretizarem várias operações, como reparações. Este fundeador é datado pelo arqueólogo, entre o século I antes de Cristo e o século V.
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O arqueólogo lidera uma equipa que há dois anos escava esta área, na zona do Cais do Sodré, e que será um futuro parque de estacionamento. Esta campanha de escavações trouxe à luz do dia outras realidades posteriores ao Império Romano, como navios do século XVII e uma grade de maré.
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Entre os artefactos romanos há ânforas de várias produções, desde o interior da Hispânia ao Sul da Gália, Norte de África e até da Península Itálica, além das ânforas de fabrico na Lusitânia.
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No espaço escavado, foi encontrada “uma sucessão de estruturas arquitectónicas e portuárias que reflectem, de uma forma muito rica, a História de Lisboa”.
O arqueólogo referenciou as diferentes estruturas encontradas, do século XIX para períodos mais recuados: “O famoso aterro da Boavista de 1855-1863, os alicerces da fundição do Arsenal Real, a estrutura portuária da Casa da Moeda, esta do século XVIII, a estrutura portuária do Forte de S. Paulo, do século XVII, e coevos desta época, uma outra pequena estrutura portuária e uma grade de maré ou rampa de estaleiro”.
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fotografia da Praça Dom Luís I do Bing Maps
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