sábado, 1 de agosto de 2015

Recital «Um Músico, Um Mecenas» em Lisboa



Um Músico, Um Mecenas
[ recital ]

01 Agosto 2015, 18h00
Museu Nacional da Música, Lisboa

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Exmos. Senhores,

Agradecemos a divulgação.
Cordialmente,
Helena Miranda

UM MÚSICO, UM MECENAS 

Sábado, 1 de Agosto, pelas 18h, com entrada livre


no MUSEU NACIONAL DA MÚSICA

Seicento Italiano e Barroco Francês e Inglês

A temporada de concertos com instrumentos históricos prossegue no Museu Nacional da Música, desta vez pelas mãos de Hugo Sanches, na tiorba Matheus Buchenberg construída em Roma em 1608.
O músico será acompanhado pela soprano Manuela Lopes e pelo flautista Pedro Sousa Silva num recital com repertório barroco.


SOBRE A TIORBA  MATHEUS BUCHENBERG

MNM | Nº Inv. MM 252

Hugo Sanches  e a tiorba - ensaios no Museu Nacional da Música

Tesouros Instrumentais in Revista Glosas 12 | 2015
A TIORBA BUCHENBERG DO MUSEU NACIONAL DA MÚSICA

Em 2013, surgiu no Museu da Música a ideia de realizar um ciclo de concertos exclusivamente dedicado a instrumentos da colecção intitulado Um Músico, Um Mecenas. Este ciclo pretende divulgar o espólio do Museu através de reputados músicos, tanto do panorama nacional como internacional, que podem assim contactar com alguns dos instrumentos do Museu da Música.
A terceira edição, que se realiza ao longo do presente ano, destaca-se não só pelo contributo musical que trará ao ano de 2015, mas também pela estreia, após recente restauro, de um instrumento fulcral do património do museu, uma Tiorba da autoria de Matheus Buchenberg.
O autor deste exemplar foi Matheus Buchenberg, nascido na Alemanha por volta de 1568, tendo depois emigrado para Roma em finais do século XVII, onde se tornou consagrado não só como um excelente construtor de alaúdes e tiorbas, mas também como um percussor da construção de chitarrones, designados na época como tiorbas italianas. É este aliás o caso do instrumento do Museu da Música.
A tiorba do Museu da Música foi construída precisamente em Roma, em 1608, vinte anos antes da morte de Buchenberg.
Em 1903, por intermédio do luthier Louis Pierrard, de nacionalidade belga, o instrumento musical foi adquirido por Alfredo Keil, colecionador de uma grande parte do espólio que posteriormente constituiu o acervo do Museu da Música. Em 1931, este instrumento integrou a coleção do Museu do Conservatório Nacional, que mais tarde viria a dar origem à do Museu da Música.
Ao longo dos mais de quatro séculos de vida do instrumento, foram realizadas várias  intervenções para garantir o seu devido funcionamento. Há um contributo de Joanni Remy de Génova em 1810, cujo registo se encontra na forma de etiqueta, no interior da tiorba. Seguiram-se dois restauros já no século XX, um de Gaudavis, luthier pouco conhecido, em 1903, e o de Gilberto Grácio em 1978. O restauro de 2014, inteiramente patrocinado pelo tiorbista amador Agostinho da Silva, administrador do Grupo CEI-Zipor, esteve ao cargo do construtor e restaurador de cordofones Orlando Trindade, com atelier nas Caldas da Rainha. O processo, inevitavelmente moroso, arrastou-se ao longo de 6 meses, tendo terminado em Novembro de 2014. Foram corrigidas, com êxito, as deficiências que o instrumento apresentava ao nível das costas e do braço.
A tiorba apresenta representações iconográficas de grande interesse. Existem três rosáceas no tampo, dispostas de forma a traçar um triângulo: duas delas são ao gosto do Renascimento italiano com motivos geométricos; a terceira, com um diâmetro menor, apresenta uma águia bicéfala de asas abertas. Ambas as cabeças, para além de estarem coroadas, possuem auréolas.
Além da tiorba exposta no Museu da Música, existem vários exemplares semelhantes de Matheus Buchenberg em museus europeus, nomeadamente um no MIM (Museu Instrumental de Bruxelas), outro no Museu da Música em Paris, outro em Londres no Victoria and Albert Museum e um em Itália, curiosamente em Florença, no Museu Bardini.
A tiorba de 1608 irá integrar o ciclo Um Músico, Um Mecenas no dia 1 de Agosto do presente ano, pelas mãos de Hugo Sanches. O reconhecido tiorbista será acompanhado pela soprano Manuela Lopes e pelo flautista Pedro Sousa Silva, num concerto de entrada livre no Museu Nacional da Música.

Tomás Matos
(Estagiário do Museu Nacional da Música, Estudante de Ciências Musicais na FCSH da Universidade Nova)
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MECENAS

HUGO SANCHES - tiorbista

Manuela Lopes - soprano

Pedro Sousa Silva - flautista

ORLANDO TRINDADE -  construtor e restaurador de instrumentos musicais - manutenção do instrumento

AGOSTINHO DA SILVA  - Administrador do Grupo- CEI- Zipor - mecenas do restauro

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MUSEU DA MÚSICA
Estação do Metropolitano Alto dos Moinhos
Rua João de Freitas Branco
1500-359 LISBOA
T. (351) 21 771 09 90 / F. (351) 21 771 09 99
E. geral@mmusica.dgpc.pt / S: www.museudamusica.pt

fonte Helena Miranda - Museu da Música

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Exmos. Senhores,

A temporada de concertos com instrumentos históricos prossegue no Museu Nacional da Música, desta vez pelas mãos de Hugo Sanches, na tiorba Matheus Buchenberg construída em Roma em 1608.

O músico será acompanhado pela soprano Manuela Lopes e pelo flautista Pedro Sousa Silva, num recital com repertório barroco.
O concerto é já no dia 1 de Agosto, pelas 18h. Apareçam!

Cordialmente,
Helena Miranda



SOBRE A TIORBA  MATHEUS BUCHENBERG MNM | Nº Inv. MM 252

Hugo Sanches  e a tiorba - ensaios no Museu Nacional da Música

Tesouros Instrumentais in Revista Glosas 12 | 2015

A TIORBA BUCHENBERG DO MUSEU NACIONAL DA MÚSICA

Em 2013, surgiu no Museu da Música a ideia de realizar um ciclo de concertos exclusivamente dedicado a instrumentos da colecção intitulado Um Músico, Um Mecenas. Este ciclo pretende divulgar o espólio do Museu através de reputados músicos, tanto do panorama nacional como internacional, que podem assim contactar com alguns dos instrumentos do Museu da Música.

A terceira edição, que se realiza ao longo do presente ano, destaca-se não só pelo contributo musical que trará ao ano de 2015, mas também pela estreia, após recente restauro, de um instrumento fulcral do património do museu, uma Tiorba da autoria de Matheus Buchenberg.

O autor deste exemplar foi Matheus Buchenberg, nascido na Alemanha por volta de 1568, tendo depois emigrado para Roma em finais do século XVII, onde se tornou consagrado não só como um excelente construtor de alaúdes e tiorbas, mas também como um percussor da construção de chitarrones, designados na época como tiorbas italianas. É este aliás o caso do instrumento do Museu da Música.

A tiorba do Museu da Música foi construída precisamente em Roma, em 1608, vinte anos antes da morte de Buchenberg.

Em 1903, por intermédio do luthier Louis Pierrard, de nacionalidade belga, o instrumento musical foi adquirido por Alfredo Keil, colecionador de uma grande parte do espólio que posteriormente constituiu o acervo do Museu da Música. Em 1931, este instrumento integrou a coleção do Museu do Conservatório Nacional, que mais tarde viria a dar origem à do Museu da Música.

Ao longo dos mais de quatro séculos de vida do instrumento, foram realizadas várias  intervenções para garantir o seu devido funcionamento. Há um contributo de Joanni Remy de Génova em 1810, cujo registo se encontra na forma de etiqueta, no interior da tiorba. Seguiram-se dois restauros já no século XX, um de Gaudavis, luthier pouco conhecido, em 1903, e o de Gilberto Grácio em 1978. O restauro de 2014, inteiramente patrocinado pelo tiorbista amador Agostinho da Silva, administrador do Grupo CEI-Zipor, esteve ao cargo do construtor e restaurador de cordofones Orlando Trindade, com atelier nas Caldas da Rainha. O processo, inevitavelmente moroso, arrastou-se ao longo de 6 meses, tendo terminado em Novembro de 2014. Foram corrigidas, com êxito, as deficiências que o instrumento apresentava ao nível das costas e do braço.

A tiorba apresenta representações iconográficas de grande interesse. Existem três rosáceas no tampo, dispostas de forma a traçar um triângulo: duas delas são ao gosto do Renascimento italiano com motivos geométricos; a terceira, com um diâmetro menor, apresenta uma águia bicéfala de asas abertas. Ambas as cabeças, para além de estarem coroadas, possuem auréolas.

Além da tiorba exposta no Museu da Música, existem vários exemplares semelhantes de Matheus Buchenberg em museus europeus, nomeadamente um no MIM (Museu Instrumental de Bruxelas), outro no Museu da Música em Paris, outro em Londres no Victoria and Albert Museum e um em Itália, curiosamente em Florença, no Museu Bardini.

A tiorba de 1608 irá integrar o ciclo Um Músico, Um Mecenas no dia 1 de Agosto do presente ano, pelas mãos de Hugo Sanches. O reconhecido tiorbista será acompanhado pela soprano Manuela Lopes e pelo flautista Pedro Sousa Silva, num concerto de entrada livre no Museu Nacional da Música.

Texto de Tomás Matos
(Estagiário do Museu Nacional da Música, Estudante de Ciências Musicais na FCSH da Universidade Nova)


HUGO SANCHES é mestre e licenciado em alaúde pela ESMAE (Porto) e pós-graduado em psicologia da música pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto. É actualmente professor no Curso de Música Antiga da ESMAE.Enquanto músico free-lance, para além de actuar em recitais a solo, colaborou ou colabora com agrupamentos como Orquestra Barroca da Casa da Música, The English Air, Officina da Música, L’Universo Sommerso, Sete Lágrimas, Orquestra Vigo 430, Ensemble Norte do Sul, Venice baroque Orchestra, Os Músicos do Tejo e Ensemble Mi contra Fa, tendo actuado, entre outros festivais e salas de espectáculo, no “La Folle Journée”, Festival de Música Antigua de Úbeda y Baeza (Espanha), Festival Internacional de Guitarra de Santo Tirso, Tardes Clàssiques de Gràcia (Barcelona), Encontros de Música Antiga de Loulé, Festival Terras Sem Sombra, Festival Internacional de Música da Madeira, Música em São Roque, Via Stellae (Galiza), Monte Music Festival (Goa, Índia), Stockholm Early Music Festival (Suécia), Festival Mozart Rovereto (Itália) e Festival de Sablé (França).

Gravou com o grupo Sete Lágrimas os CD Kleine Musik, Diáspora.pt, Silêncio, Pedra Irregular, Vento e Terra e com o ensemble Capella Duriensis o CD Rito de Braga.
Foi assistente de produção do CD The Bad Tempered Consort pelo agrupamento A Imagem da Melancolia.
Encontra-se presentemente a realizar o doutoramento em musicologia histórica na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. É colaborador do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da mesma universidade desde Março de 2013. Realizou comunicações científicas nas jornadas Mundos e Fundos realizadas pela Universidade de Coimbra em 2012 e 2013 e no III Encontro Nacional de Investigação Musical organizado pela SPEM (Sociedade Portuguesa de Investigação em Música) em Cascais (2013).

MECENAS DO CONCERTO

HUGO SANCHES - tiorbista

Manuela Lopes - soprano

Pedro Sousa Silva - flautista

ORLANDO TRINDADE -  construtor e restaurador de instrumentos musicais - manutenção do instrumento 

AGOSTINHO DA SILVA  - Administrador do Grupo- CEI- Zipor - mecenas do restauro

Concerto Museu da Música
1 de Agosto de 2015

Programa

Giovanni Kapsperger (ca. 1580 – 1651)
- Toccata Arpeggiata
(in Libro primo d'intavolatura di chitarrone: Veneza, 1604)

Sigismondo d'India (1582 – 1629?)
- Oh quanto in sua beltà splende simile 
(in Le musiche di Sigismondo d'India nobile palermitano da cantar solo nel clavicordo chitarone, arpa doppia et altri istromenti simili: Milão, 1609)

Bartolomé de Selma y Salaverde (ca. 1595 - após 1638)
- Canzon terza
(in Canzoni fantasie et correnti da suonar: Veneza: 1638)

Johann Nauwach (1595 – 1630)
- Tempesta di dolcezza
(in Libro primo di Arie Passegiate à una voce per cantar e sonar nel chitarone et altri simili istromenti: Dresden, 1623)

Alessandro Piccinini (1566 – ca. 1638)
- Ciaccona in partite variate
(in Intavolatura di liuto, et di chitarrone, libro primo: Bolonha, 1623)

Claudio Monteverdi (1567-1643)
- Quel sguardo sdegnosetto
(in Scherzi Musicali Cioè Arie, & Madrigali in stil recitativo: Veneza, 1632) 

Jacques-Martin Hotteterre (1674 – 1763)
- Prélude en D.La,Ré, 3ce majeure, Avec des cadences sur tous les degrez de l’Octave
(in L'art de Preluder sur la Flûte Traversiere, sur la Flûte a bec […], Op.7: Paris 1719)

Robert de Visée (c. 1655 – 1732/1733)
- Pièces en E.si mi mineur:
Prélude - Allemande - Courante - Sarabande - La montfermeil (rondeau) -Gigue - Double de cette Gigue
(in Manuscrit Vaudry de Saizenay - Tablature de luth et de théorbe de divers auteurs, 1699)

Henry Purcell (1659 – 1695)
- The Plaint

(in The Fairy Queen, 1692)

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MUSEU DA MÚSICA
Estação do Metropolitano Alto dos Moinhos
Rua João de Freitas Branco
1500-359 LISBOA
T. (351) 21 771 09 90 / F. (351) 21 771 09 99
E. geral@mmusica.dgpc.pt / S: www.museudamusica.pt

fonte Helena Miranda - Museu da Música

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Museu Nacional da Música
[ Estação do Metropolitano Alto dos Moinhos ]
Rua João de Freitas Branco, 1500-359 Lisboa
t. 21 771 09 90 / 21 771 09 98 / f. 21 771 09 99
38° 44' 58.67" N
9° 10' 48.91" W

fotografia de abertura - um exemplar duma tiorba - do sítio internet Música no Tempo a quem agradecemos.
fotografia do Museu da Música do sítio internet - Ezimut a quem agradecemos.

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