o mais caro... até ver, como diz o cego… digo eu que gosto de dizer coisas, e nesta matéria, as coisas alteram-se à velocidade da luz.
O quadro mais caro do mundo é de Paul Gauguin e está em Madrid
[ arte / artigo ]
Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, Espanha
por Lina Santos Ontem
Os conservadores penduram a obra de Gauguin na sala da exposição
Fogo Branco, que reúne obras do Kunstemuseum Basel
Fotografia © Reuters
O (quase) impronunciável
Nafea faa ipoipo, de Paul Gauguin foi pendurado no Museu Rainha Sofia, em Madrid, ontem, às 10.30, com pompa e circunstância. Entre os convidados estava Rudolf Staechelin, o anterior proprietário da obra que hoje ostenta o título de mais cara do mundo. Foi vendida em fevereiro por quase 300 milhões de dólares, isto é, cerca de 271 milhões de euros, dizem os especialistas em arte.
O valor exato da transação manteve-se tabu durante a conferência de imprensa que acompanhou a chegada do quadro à capital espanhola. Rudolf Staechelin tão-pouco revelou a identidade do novo proprietário, conta João Fernandes, subdiretor do Museu Rainha Sofia, ao telefone com o DN. O quadro, confirma, era aguardado com expetativa. E, adianta, já estava previsto que fosse mostrado antes de se ter tornado no protagonista do mercado da arte em 2015. "É uma obras das fases mais apreciadas de Gauguin", explica, e acrescenta, rindo: "Não andávamos à procura do quadro mais caro do mundo".
João Fernandes, antigo diretor do Museu de Serralves, lembra, aliás, que ficou "surpreendido" quando leu a notícia da venda do quadro.
”Mas na própria notícia do New York Times diziam que ele ia ser apresentado no Rainha Sofia". Essa era uma das condições de venda do quadro: respeitar os compromissos já assumidos.
Apesar de pertencer a uma coleção privada, o quadro estava cedido em depósito ao Kunstmuseum de Basileia. O museu suíço entrou em obras de ampliação, e por sugestão do diretor do Rainha Sofía, Manuel Borja-Villel, um conjunto de peças viajou até Espanha para a exposição
Fogo Branco: A Coleção Moderna do Kunstmuseum Basel, inaugurada a 18 de março.
O que o museu espanhol também já sabia é que teria de partilhar o quadro de Gauguin, pintado no período em que viveu no Taiti, com a Fundação Beyeler, em Basileia, que a havia requisitado para uma retrospetiva da obra do pintor francês (1848-1903). Fez-se uma troca. "Como eles precisavam de um Miró nosso...", conta.
a obra de Paul Gauguin «Nafea faa ipoipo» [ When Will You Marry? ] do sítio internet ABC.es. El periódico español líder en ,movilidad. - ABC.es a quem agradecemos.
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