A autora e palestrante é nossa associada.
Tertúlias com Livro à Mesa
«Lisboa. Uma Cidade em Tempo de Guerra»
[ jantar-tertúlia Espaço e Memória ]
Margarida Magalhães Ramalho [ autora ]
26 Outubro 2012, 20h00
Restaurante A Quinta, Oeiras
BOM APETITE LITERÁRIO !!
a investigadora e autora, Dra. Margarida Magalhães Ramalho
Este livro pretende dar a conhecer as histórias de Lisboa durante a II Guerra Mundial, altura em que a cidade foi invadida por refugiados das mais variadas origens, desde gente simples a casas reais em exílio. Durante este período Lisboa será também palco de espionagem internacional e guerras de propaganda. Longe de ser exaustivo, este livro abre caminho para investigações mais aprofundadas. Editado pela Imprensa Nacional Casa da Moeda (...)
Lisboa, uma cidade em tempo de Guerra
Enquanto investigadora, andei durante anos de volta de documentação relacionada com a passagem de refugiados em Portugal durante a II Guerra Mundial. Desse trabalho surgiu, entre outras coisas, o Museu Virtual Aristides de Sousa Mendes, uma iniciativa exclusivamente da sociedade civil e que está on line há alguns anos (http://mvasm.sapo.pt/)
Talvez por isso, fui, em 2011, convidada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda para organizar um livro que abordasse a temática da espionagem internacional durante o último conflito mundial. Não sendo esse o meu campo de investigação, contrapropus um livro que apresentasse Lisboa durante os anos da guerra, já que, por força das circunstâncias, a esquecida e provinciana capital portuguesa, tinha-se tornado, no porto de esperança que todos queriam alcançar. Por essa razão, por aqui passarão, em trânsito, milhares de pessoas. Gente comum, na sua maioria, mas também casas reais no exílio, membros de governo de países ocupados, militares, artistas famosos, cientistas e muitos intelectuais.
A cidade teve, necessariamente, que se adaptar aos novos tempos. Hotéis e pensões a abarrotar, centenas de carros nas avenidas e, imagine-se, mulheres sozinhas a fumar na rua, sem meias que frequentam cafés e esplanadas. Um escândalo…. Lisboa será também palco da espionagem internacional e das guerras da propaganda, aliada e pró eixo. E para contentamento de muitos, aos quiosques vão chegar, livres de censura, os principais jornais e revistas europeus.
A partir de 1942, Lisboa prepara-se “para a guerra”: a iluminação pública é pintada de azul, as janelas enchem-se de tiras de papel para prevenir estilhaços em caso de bombardeamento, fazem-se abrigos anti-aéreos na Baixa e no alto do parque Eduardo VII aparecem os primeiros balões de barragem. Com a escassez dos bens essenciais, surgem as filas de racionamento. Para muitas famílias começam então tempos difíceis que só terminarão alguns anos depois da guerra.
Este livro não pretende ser um livro de História, mas sim de histórias. Por isso foi concebido de uma forma mais informal, com capítulos independentes que podem ser lidos ao sabor da vontade de cada um. Para cada um deles, escolhi temas incontornáveis – embora outros possíveis houvesse. Nasceram assim cinco capítulos: Todos os caminhos vão dar a Lisboa, Uma cidade em tempo de guerra, Spyland, Duas faces da mesma moeda e Vitória aliada, esperança adiada. Cada capítulo integra diferentes abordagens – materializadas em vários subcapítulos – razão pela qual optei, no início de cada um, por apresentar um pequeno resumo que ajude o leitor a saber o que pode encontrar nas páginas seguintes. A aproximação a cada tema apoia-se em documentação de arquivo, registos de imprensa, citações bibliográficas e alguns testemunhos pessoais.
Sendo um trabalho mais de divulgação do que especializado, muito ficou por dizer. No entanto, para aqueles que queiram aprofundar esta temática, existe no final uma série de pistas bibliográficas para os ajudar a ir mais longe. Para os que gostam de partir à descoberta da cidade, o livro vai acompanhado de um guia desdobrável, bem ao jeito dos anos de 1940, onde, num mapa da cidade, vão assinalados alguns percursos relacionados com o tema da obra.
Profusamente ilustrado, o livro tem design de Henrique Cayatte com Susana Cruz.
Margarida Magalhães Ramalho
Sentinela da Legião Portuguesa no Terreiro do Paço, 1942
[ Arquivo Nacional da Torre do Tombo ]
localização do restaurante A Quinta
Restaurante A Quinta
Largo Henrique de Paiva Couceiro, 36, 2780-117 Oeiras
t. 21 443 05 66
comboio - Estação de Oeiras / estacionamento fácil na rua
38° 41' 20.10" N 9° 19' 1.27" W
fotografia de Margarida Magalhães Ramalho [ obtida no decorrer do nosso jantar-tertúlia «Em Busca da Torre Perdida» em 23-05-2008 ] © josé antónio • comunicação visual, reprodução proibida.
fotografia da Sentinela da Legião Portuguesa do sítio internet Património, a quem agradecemos.
fotografia aérea e mapa de localização do sítio internet Google maps [ legendagem da nossa responsabilidade ]
fotografia do Restaurante A Quinta © josé antónio • comunicação visual, reprodução proibida.
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