segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Cientistas investigam a causa da morte do astrónomo renascentista Tycho Brahe


a cratera Tycho Brahe na nossa Lua


Cientistas investigam a causa da morte

do astrónomo renascentista Tycho Brahe

[ arqueologia / medicina ]


Cientistas investigam a causa da morte do astrónomo renascentista Tycho Brahe


Os ossos foram retirados da urna que se encontra na igreja de Týn, em Praga


Tycho Brahe (1546-1601) foi astrónomo, alquimista e farmacêutico


O mistério da morte do astrónomo dinamarquês Tycho Brahe (1546-1601) pode ser resolvido nos próximos tempos. Isto porque uma equipa internacional de cientistas vai analisar os restos mortais que se encontram na igreja de Týn, em Praga. O cientista, que esteve ao serviço de Frederico II da Dinamarca e mais tarde do imperador Rodolfo II de Habsburgo, foi astrónomo e alquimista. Os seus estudos sobre os movimentos de Marte foram utilizados pelo alemão Kepler para elaborar as suas primeiras leis sobre as órbitas dos planetas.


Uma das teorias sobre a sua morte defende o envenenamento por mercúrio. Brahe trabalhava também como farmacêutico e naquela época aquele químico fazia parte de medicamentos “receitados para o tratamento de várias doenças”, explica Niels Lynnerup, da Universidade de Copenhaga, que faz parte da equipa de investigação. Como alquimista, estava constantemente em contacto com este químico.


As análises revelarão se foi, efectivamente, o mercúrio a matá-lo. O que não se poderá saber é se foi envenenado por alguém, se se envenenou acidentalmente ou se consumiu o químico para se tratar de alguma doença.


No livro «Intriga Cósmica» (de 2005), Joshua Gilder e Anne-Lee Gilder levantam a hipótese do astrónomo ter sido envenenado por Kepler. Segundo eles, este queria apoderar-se dos seus estudos. Especulações à parte, Kepler foi assistente de Brahe e parte da sua investigação baseou-se em estudos anteriores deste.


Tycho morreu a 24 de Outubro de 1601, onze dias depois de ter ficado doente durante um banquete. Durante centenas de anos, acreditou-se que morreu de uma infecção da bexiga. Na hora da morte terá dito a Kepler: “não deixes que pareça que a minha vida foi em vão”.


A equipa, composta por investigadores dinamarqueses, checos e suecos, vai fazer amanhã uma tomografia axial computadorizada (TAC). Visto que os ossos estão informatizados, podem ser estudados a três dimensões, mesmo depois de voltarem à urna de onde foram removidos.


O mais importante neste estudo são as análises químicas e atómicas que vão demorar vários meses a ser realizadas. Os testes irão ajudar a detectar se houve níveis anormais de mercúrio nas últimas horas de vida do cientista.


De referir que a urna de Tycho Brahe foi aberta pela primeira vez em 1901, na ocasião para se perceber que tipo de prótese utilizava no nariz (pois ficou sem parte dele durante um duelo). Chegou-se à conclusão que era de cobre.



fonte Ciência Hoje


fotografia de abertura do sítio internet Luna C/I: Moon Colonization and Integration a quem agradecemos.


Sem comentários:

Enviar um comentário