sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Alguns islandeses descendem de ameríndia pré-colombiana


representação artística de um grupo de ameríndios


Alguns islandeses descendem

de ameríndia pré-colombiana

[ antropologia ]


Estudo revela que alguns islandeses descendem de ameríndia pré-colombiana


Análises de DNA provam que houve cruzamento entre vikings e índios americamos por volta do ano 1000


Os vikings estiveram na América por volta do ano 1000


Através de dados arqueológicos e da tradição literária existente, já se sabia que os vikings tinham estado na América antes do descobridor oficial – Cristóvão Colombo – lá ter chegado. Agora, uma investigação genética vem comprovar essa presença, indicando que houve de facto contacto entre as populações. Mais, uma mulher ameríndia terá sido levada para a Islândia e dela descendem algumas das famílias ainda existentes.


Para chegar a esta conclusão a equipa de investigadores analisou o DNA de quatro famílias islandesas – 80 pessoas – nas quais tinha identificou uma linhagem ameríndia. Apercebeu-se, assim, que o contacto pré-colombiano terá acontecido cinco séculos antes da chegada de Colombo. O artigo está publicado na revista «Journal of Physical Anthropology».


Sabia-se que os genes dos actuais islandeses procediam dos países escandinavos, da Escócia e da Irlanda, mas não se conhecia esta outra origem distante, explica o Conselho Superior de Investigações Científicas espanhol, ao qual pertence um dos grupos de investigação.


O povoado viking L'Anse aux Meadows, na ilha de Terra Nova (Canadá), descoberto em 1960 por Helge Ingstad e Anne Stine Ingstad, e textos medievais como «A Saga de Erik, o Vermelho», escrita em 1260 apontavam já que estes povos tinham alcançado a América no século X.


Os dados de DNA vêm acrescentar que os genes das populações se cruzaram. A linhagem encontrada nas quatro famílias (C1e) é mitocondrial, uma organela da célula externa ao núcleo e implicado nos processos de produção de energia, que é herdado exclusivamente da mãe.


Os vikings terão levado uma mulher ameríndia para a Islândia por volta do ano 1000, que cruzou os seus genes com os da população local. Esta é uma hipótese plausível, acredita Carles Lalueza-Fox, investigador do Instituto de Biologia Evolutiva (CSIC - Universidade Pompeu Fabra, Barcelona), pois a ilha ficou bastante tempo isolada a partir dessa época.


A investigação foi realizada em colaboração com a Universidade da Islândia e a empresa farmacêutica Decode Genetics, ambas de Reiquiavique.


Artigo: A new subclade of mtDNA haplogroup C1 found in icelanders: Evidence of pre-columbian contact?



fonte Ciência Hoje


imagem de abertura do sítio internet Virtuália - O Manifesto Digital a quem agradecemos.


Sem comentários:

Enviar um comentário