segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A República, Lugar da Utopia?


A República, Lugar da Utopia?

[ debate ]

Fernando Rosas, Pedro Mexia e Carlos Pinto Coelho [ moderador ]

17 Fevereiro 2010

Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras, Oeiras


Da Câmara Municipal de Oeiras [ Oeiras a ler - aqui - Newsletter 050 | Fevereiro 2010 - Bibliotecas Municipais de Oeiras | DBDI ] recebemos via email:


17.Fevereiro - 21h30
Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras
Com Fernando Rosas e Pedro Mexia
Moderação: Carlos Pinto coelho

Durante o ano em curso terão lugar as Comemorações do Centenário da República Portuguesa. Com o objectivo de contribuir para a celebração e evocação desta efeméride, a Câmara Municipal de Oeiras está a delinear um programa de actividades e iniciativas. De entre os projectos que estão já delineados e concebidos, figuram aqueles que visam promover os livros, os autores e a leitura.

Quando falamos de República, falamos da história das ideias políticas e do Estado, falamos de uma das diásporas humanas que visa encontrar o melhor modelo de construção de um espaço onde impere o exercício da verdadeira cidadania, da liberdade e da realização do humano. Falamos, acima de tudo, da polis ideal, do espaço sagrado da cidade como uma construção humana sempre inacabada que se reinventa a si mesma a cada momento da sua história… Partindo desta leitura surgiu a ideia de conceber um projecto que tem como objectivo efectuar uma abordagem da temática da República de forma mais universal e não apenas circunscrevê-la às Comemorações da República Portuguesa e à realidade da sua implementação. Naturalmente, que será obrigatório convocar a experiência portuguesa da República para a nossa reflexão, mas queremos alargar o horizonte da discussão.

Pareceu-nos, por isso, que a designação de “A República, lugar da utopia” era apropriada para reflectir de forma mais abrangente sobre a natureza desta categoria política e conceptual, sem descurar, obviamente, a sua dimensão histórica. Na linguagem corrente actual "utopia" significa impossível ou, de forma mais correcta, o que não tem lugar. Neste sentido, a utopia é uma quimera, uma construção puramente imaginária, sendo que a sua realização está, à partida, fora do nosso alcance. No entanto, e paradoxalmente, parece que o autor que criou a palavra, Thomas More em 1516, teve como ambição alargar o campo do possível e explorar os seus caminhos. A utopia é, nesta perspectiva, o que ainda não tem lugar, um horizonte de possibilidades que é, ao mesmo tempo, fôlego para o a-fazer permanente.


imagem do sítio internet Oficina da História - aqui - a quem agradecemos.


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